Mortal
Talvez não muito de repente
E não mais que talvez
No mundo exista algo
Que nenhuma vez se desfez
Não se perdeu
Nem se trocou
Manteve-se intacto
Nunca ninguém quebrou.
Deveria ter habitado
Em longínquas terras
Dentro de um sino
Debaixo da terra
De um solitário caminho...
De repente talvez
E nem mais que de repente
No mundo existiu alguém
Que não se magoou
Não era mortal
Não se importou.
Era da lança a ponta
Da espada a lâmina
Era do fogo a chama
Um espinho de prata
Que por ninguém passa
Intocável tornou-se.
Algo novo - nunca trouxe.
Não viveu
Não foi real
Era perfeito
Um ideal, mas não era comum
Era mortal.