Mortal

Talvez não muito de repente

E não mais que talvez

No mundo exista algo

Que nenhuma vez se desfez

Não se perdeu

Nem se trocou

Manteve-se intacto

Nunca ninguém quebrou.

Deveria ter habitado

Em longínquas terras

Dentro de um sino

Debaixo da terra

De um solitário caminho...

De repente talvez

E nem mais que de repente

No mundo existiu alguém

Que não se magoou

Não era mortal

Não se importou.

Era da lança a ponta

Da espada a lâmina

Era do fogo a chama

Um espinho de prata

Que por ninguém passa

Intocável tornou-se.

Algo novo - nunca trouxe.

Não viveu

Não foi real

Era perfeito

Um ideal, mas não era comum

Era mortal.

Rosa de Almeida
Enviado por Rosa de Almeida em 01/06/2014
Código do texto: T4827805
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2014. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.