"TRANSE"
O sangue percorre as entranhas,
Molhadas e banhadas pelo transe.
A carne, agita-se quente e fraca,
Em estímulos vagos e imperfeitos.
Tudo é um vazio, oco e rarefeito,
Como uma vil matança, sem faca.
Alegorias de uma morte profana,
No centro de uma robusta cama
Que segura dois corpos pesados.
Sons repetidos, agudos e cavos
Ecoam das tristes paredes nuas.
Escorrem suores transfigurados,
Que exortam o cheiro das ruas...