"TRANSE"

O sangue percorre as entranhas,

Molhadas e banhadas pelo transe.

A carne, agita-se quente e fraca,

Em estímulos vagos e imperfeitos.

Tudo é um vazio, oco e rarefeito,

Como uma vil matança, sem faca.

Alegorias de uma morte profana,

No centro de uma robusta cama

Que segura dois corpos pesados.

Sons repetidos, agudos e cavos

Ecoam das tristes paredes nuas.

Escorrem suores transfigurados,

Que exortam o cheiro das ruas...

Mongiardim Saraiva
Enviado por Mongiardim Saraiva em 31/05/2014
Código do texto: T4827637
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