Raiz das coisas
Não cogite
Olhar, falar, expressar.
Não desdirei, em hipótese, absolutamente nada
Do que dizes.
Não irei enfrentar:
Enfrentar é perder.
Não irei valorar.
Não idealizarei:
O que É não é o que dizes.
Dizer é não ser.
As coisas não são as palavras.
O poema não é o poema;
É o sentimento.
Não malversarei o que almejas.
Não serei, eu, tu, quem sejas.
O azul do teu céu
Não é tão azul quanto teu Céu, já que pensas.
Porque o céu que É é diferente do que pensas;
É magnífico, à parte ao que pensas.
Tua cor, é às extensas.
Teu lume é maior que a
Infinidade
Infinitamente
Finita e
Infinita
Da razão
Porque, dicotômica, até mesmo a razão, volverá, sempre,
À raiz das coisas.