Retidão

A vida seca das ruas

A vida reta

de cruzes e encruzilhadas.

As ruas retas!

Os bares cheios, enfumaçados.

As palavras longas.

A vida curta.

A história sem fim!

O barulho de carros enfurecidos.

A sirene da fábrica

que chama para o trabalho obediente

de gente sem ser tratado como gente.

Os rostos apavorados.

Os rostos místicos.

A pressa sem objetivos

de seres que se alternam

na passagem da vida

A catedral solitária que clama e chama

no meio de monstros de concreto.

O toque de um sino que insiste e persiste,

e nunca desiste em atravessar retamente,

o mar convencional dessa tortuosa vida!

Marco Antônio Pinto
Enviado por Marco Antônio Pinto em 21/05/2014
Código do texto: T4814847
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