VERSOS TRANSFORMADOS
Escrevo meus versos num papelão,
então minha tristeza, desencantada,
se transforma num tosco avião
e sai voando como se rasgada
No céu ela se modula em alegria
e sorri como sonhando docemente,
pois não é a dor uma mera fantasia
que martela o congo de nossa mente?
E lá se vão meus versos condoídos
já não mais tristes, porém frágeis,
num velho papelão escritos
voando em pobres asas débeis