À SOMBRA DO MESTRE
 
 
E Tu vens lentamente, ó Mestre,
enquanto no silêncio das igrejas,
as almas choram.
E Tu perscrutas essas lágrimas
como quem segue estrelas nos céus.
 
Hoje tudo parece pálido.
As canções dos crepúsculos esvaíram-se
sobre os ninhos que  também Te choram.
 
Há um cravo multiplicado em minha alma.
Não forma feridas, forma jardins.
Jardins de esperança.
Aqueles que aguardam Tua presença.
 
No meu sono, abraçarei
a Tua sombra
como a semente abraça a terra.
 
E ao alvorecer, tocarás  minha alma
com a lira do Teu nome
e me dirás apenas:
- Desperta!




(*) republicação
imagem: Google
Lúcia Constantino
Enviado por Lúcia Constantino em 14/04/2014
Reeditado em 14/04/2014
Código do texto: T4768920
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