O Sono de Ícaro"
"...E o sono venceu o aprendiz de poeta e a inspiração veio do sonho.
Onde a esfinge devorou-me mesmo decifrando-a..."
Minhas asas derreteram antes de alçar voo e o sol veio em forma de um sorriso de Mulher, beijou minha face com calor e hálito de jasmim.
Depois disto o vampiro que habita em mim trocou sua fria cripta por um quarto quente e a lua que era dos amantes e poetas passou a andar vestida. Enrolada sob nuvens escondendo seu sexo dos adolescentes que inspiravam-se vertendo gametas a cada vez que ela se exibia plena.
Sonhei o sonho dos injustos e acordei de forma inocente, com parte de mim em ereta forma.
Sentindo na boca um gosto de batom barato..."
("O Sono de Ícaro", by Carlos Ventura)