Ode ao Mendigo Decomposto

Pelos vermes decomposto,

Jogado e esquecido em um esgoto,

Vitima da sociedade torpe,

Jazem os restos de um homem pobre,

Na escuridão a carne apodrece,

Os ossos já na superfície aparecem,

O sangue coagulado,

Não passa de uma mancha no assoalho,

Nos olhos vítreos,

Nem o consolo de um sorriso.

Órgãos expostos,

Refugio onde insetos põem seus ovos,

Logo as larvas migrarão para o cérebro.

Em sua mão descarnada,

A lata queimada ainda estala,

A carne de seus braços,

Jaz no chão ao lado.

Na escuridão no esgoto,

Apenas mais uma vitima esquecida,

Virou para os ratos comida,

E a sociedade, esta continua falida.

Dêem vivas ao corpo morto,

Do mendigo decomposto‼

José Brito da Silva Júnior
Enviado por José Brito da Silva Júnior em 28/02/2014
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