Ode ao Mendigo Decomposto
Pelos vermes decomposto,
Jogado e esquecido em um esgoto,
Vitima da sociedade torpe,
Jazem os restos de um homem pobre,
Na escuridão a carne apodrece,
Os ossos já na superfície aparecem,
O sangue coagulado,
Não passa de uma mancha no assoalho,
Nos olhos vítreos,
Nem o consolo de um sorriso.
Órgãos expostos,
Refugio onde insetos põem seus ovos,
Logo as larvas migrarão para o cérebro.
Em sua mão descarnada,
A lata queimada ainda estala,
A carne de seus braços,
Jaz no chão ao lado.
Na escuridão no esgoto,
Apenas mais uma vitima esquecida,
Virou para os ratos comida,
E a sociedade, esta continua falida.
Dêem vivas ao corpo morto,
Do mendigo decomposto‼