Eterno amor
No silencio da solidão absoluta, resoluta decisão onde domino a palavra e o vazio da alma.
Universalmente controverso, meus versos em profundas e misteriosas águas divisam a razão aparente e volátil da paixão, sorvendo-se delas na extração da essência mística do amor puro, livre de profanos atos.
E em meio à vendavais de emoção e sentidos, perco-me no desespero da procura de mim mesmo.
Mergulhado nesse silêncio absoluto e absorto , absurdos pensamentos me veem , ouço vozes que sussurram profanas frases de infâmias e o corpo, como que a flutuar em abismos tenebrosos apenas assiste, impassível ao limiar de meus medos revelados.
Não mais a razão soberana de pensamentos coerentes ou frases soltas, mas desconexos sons ecoantes dominam minha mente obtusa e perdida.
Os versos se foram, oclusão de emoções coerentes se perdem em pensamentos insanos e vis.
E no silêncio sórdido em que me encontro, lodaçal à que entrego conscientemente, uma vez mais minha voz se levanta em alucinado ato de coragem e medo. Amo-te na inconstância de meus dias sombrios e solitários, universo mítico de mim mesmo onde apenas o étereo e puro amor sobrevive.