SILENTES

“Cuidado com o perigo que voa”
(Nietzsche)

Aladas sombras voadoras
Mudas, mas intimidadoras
Ao largo vigiam os céus;
Se nas vagas os escarcéus
Ribomba o bojo marítimo
As sombras não perdem o ritmo
Sabem também mergulhar
E adentram os oceanos
Das divindades, dos Tronos
Das águas de Iemanjá!

No voo assombra as gaivotas
E o marujo que nota
Um raio belo passando;
Aparece nos radares
Flecha ligeira nos ares
Os sonares acusando
O estranho do amanhã
O Objeto voador
Viaja mudando a cor
Nos ventos de Iansã!

Nossa terra é vigiada:
Olhando no fim da noite
Quando raia a alvorada
Nas estações militares
Formas brilhantes e baças
Desafiando os caças
Traçando caminhos ilógicos
Relâmpagos tecnológicos
Sozinhos, em grupos em pares
Fulgindo feito pulsares.

Tudo é vigiado. O Espaço imenso
Pleno de vida, de Guardiões, de Sentinelas
Os mistérios da Lua e de Marte
Há pegureiros estelares em toda parte
Há os cósmicos pastores
Na luz ou no nevoeiro denso.
Jornadeiros e batedores
Estão a observar
Esses manipuladores
Da energia nuclear:
Luzes e discos voadores
Vão silentes pelo ar.

Autor _ Castro Alves
Canalizador_Nicodemus Silva.
A Lira dos Imortais e Castro Alves
Enviado por A Lira dos Imortais em 09/02/2014
Reeditado em 12/02/2014
Código do texto: T4683937
Classificação de conteúdo: seguro
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