"USINA POÉTICA"

Escrevo e me atrevo,

A mostrar-te o que devo.

Sou um mentor sem torpor.

Atinjo o calor do meu ser,

Às vezes, para me entreter.

Mas sempre ligado à verdade.

Não quero parecer um covarde.

Sou um confessor do meu amor,

Mesmo que te provoque a dor.

Às palavras, destino um desfecho.

Quero que fiquem exaustas, soltas

E se entrelacem, em orgias gozadas.

Desfrutem no aconchego do poema

E permaneçam vazias e estilizadas,

Num fino lapso atemporal de fonema.

Pareçam belas, sem tu teres pena;

Apelo urgente, reservado e informal.

Ensejo premente; prazer sem igual.

Mongiardim Saraiva
Enviado por Mongiardim Saraiva em 09/02/2014
Reeditado em 07/09/2019
Código do texto: T4683610
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