O INEFÁVEL PEREGRINO.
I
Se Deus diz_ É deferido
Tudo toma um sentido
No Plano da redenção
Há um ribombo nos céus
Quando se abrem os véus
Cortinas da amplidão.
II
Primeiro os ascetas hindus
Vão receber dos céus azuis
Os estudos da Yoga
E se tornam sacerdotes
Tendo a Deus como seu dote
E a pobreza- como toga.
III
Arjuna em sua quadriga
Na procela da intriga
Busca ser forte, sereno
Ao receber o itinerário
Do pandita e quadrigário
Da boca do Pai Supremo.
IV
Devido a pérfidos usos
Dos padres yogues em abusos
Dos Vedas que o sábio muda
Do alto vêm revoluções
Leigos buscam as perfeições
Ouvindo Sidarta- o Buda.
V
Na verdade em priscas eras
Nas sementes das moneras
Dos concertos universais
O Excelso lançou o fermento.
De um mesmo pensamento
Em nações tão desiguais.
VI
Shiva, Krisna e Rama
Cada qual assim proclama
Vozes de guerra e poetas
O germe de tantos “ismos”
Da fé do espiritualismo
Essa Doutrina Secreta.
VI
Na Grécia antiga a semente
De estrelas florescentes
Sócrates outorga a Platão
E o misticismo insano
Recua ao pensamento humano:
Está feita a revolução.
VII
O estoicismo de Zenon
Trazendo o divino dom
De superar sofrimentos
De Aristóteles a Razão
Ergue-se ao funério chão
De lendas sem fundamentos.
VIII
E do Egito o povo hebreu
Seguindo um profeta seu
Arauto de Jeová
Burilando tantas fés
Co a palavra de Moisés.
Que o busca libertar
IX
Quem ousará do reto juiz
Entender o verbo que diz
E logo tudo se faz?
E da ao pedregulho velho
Boca pra apregoar o evangelho
De forma culta e loquaz?
X
Pois os Grandes Iniciados
Vão aos magotes, aos bocados
Abrindo caminhos, acendendo a luz
Pra dá ao mundo o divino
O Inefável peregrino
Que os homens chamam Jesus.
Autor: Castro Alves.
Canalizador_ Nicodemus Silva.
04/02/2014