Visão Depois da Vida

Vaga ao longe a alminha boa,

Um homem negro em frente à lagoa.

Será difícil para ele

Descobrir que não é do céu a visão dele.

Para que ir para a “luz”?!

Se, só agora, percebe. Sua córnea conduz.

Depois de tanta escuridão, um dia faleceu,

Mas foi assim que sua visão nasceu...

O breu não existe mais

E a visão do mundo

Lhe traz imensa paz...

Como é melhor ser mudo!

Seres alado já tentaram a ele levar,

Mas quanta coisa ainda falta observar!

Não podiam ser bons aqueles sujeitos.

A alminha fugiu, pensando que até no paraíso há preconceito.

Seu coração tem paz, nunca quis guerra.

Olhando o belo da terra

Ela ainda se encontra,

Mas manda-la à “luz” é uma afronta.

Majella Fraga
Enviado por Majella Fraga em 27/01/2014
Código do texto: T4667342
Classificação de conteúdo: seguro