Molares

Antes poeta a escravo

(Ou os dois de uma vez?)

Na tristeza, viajo, escrevo,

No escuro, clareio a embriaguez

Com café, vinho ou destilado

Porque hoje a insensatez

Resolveu afiar os molares

Neste cordeiro degolado,

Vis, ósseas e pontiagudas

Vestes e prosas... libertinas

Liberam escumas geladas

Em meus pensamentos

Dantescos? Sob cortinas

Empoeiradas de tormentos

Córtex manchado, cicatriz

Deja vu ao formol? (ou ao éter?)

Fugaz, sem recato, sem ater,

Leva-me ou deixa-me por um triz

Nesse cosmo atronave, viver...

O sucesso é ser feliz!

Niedson Medeiros, 22 de janeiro de 2014

Dr Niedson Medeiros
Enviado por Dr Niedson Medeiros em 23/01/2014
Código do texto: T4660853
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2014. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.