SUSSURRANTES VONTADES
Como estrela incandescente no céu de minha boca
Procrastinando o final de minhas insones noites
Na tentativa de desvendar teus etéreos enigmas
Agarrando-me aos teus irresistíveis vestígios
Nos indissolúveis elos que me ligam ao teu chão
Onde germinam em ti todas as minhas abstrações
Florescendo em tudo o que há de mais concreto em ti
Nos esgrimidos esforços de alcançar teu infinito
Nas perpétuas trilhas palmilhadas sem eufemismos
Sem óbices que possam desviar-me de meus desejos
Pois se tornou inséctil essa teia que abrange o “nós”
Desatando os nós que possam por ventura surgirem
Na imensidão do ocaso que o acaso às vezes reverbera
Pois desejo sentir toda fulgência desse teu corpo
Toda ardência e insaciedade que dele já então irradia
Delimitando todas as delícias de teus encantos extremos
Para tornar-te o arrimo de todas as minhas elucubrações
Pois já não há nada em mim que não esteja contido em ti
Nada que deslumbre mais que tuas sussurrantes vontades
Em uma cópula que atinja até nossos inconscientes sentidos
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