SUSSURRANTES VONTADES

Como estrela incandescente no céu de minha boca

Procrastinando o final de minhas insones noites

Na tentativa de desvendar teus etéreos enigmas

Agarrando-me aos teus irresistíveis vestígios

Nos indissolúveis elos que me ligam ao teu chão

Onde germinam em ti todas as minhas abstrações

Florescendo em tudo o que há de mais concreto em ti

Nos esgrimidos esforços de alcançar teu infinito

Nas perpétuas trilhas palmilhadas sem eufemismos

Sem óbices que possam desviar-me de meus desejos

Pois se tornou inséctil essa teia que abrange o “nós”

Desatando os nós que possam por ventura surgirem

Na imensidão do ocaso que o acaso às vezes reverbera

Pois desejo sentir toda fulgência desse teu corpo

Toda ardência e insaciedade que dele já então irradia

Delimitando todas as delícias de teus encantos extremos

Para tornar-te o arrimo de todas as minhas elucubrações

Pois já não há nada em mim que não esteja contido em ti

Nada que deslumbre mais que tuas sussurrantes vontades

Em uma cópula que atinja até nossos inconscientes sentidos

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Leilson Leão
Enviado por Leilson Leão em 21/01/2014
Código do texto: T4659161
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