Na escuridão deles
A escuridão é o único lugar que eles habitam
Há uma quietude para as palavras
Mas não para os gestos.
Não há conhecimento quanto à luz
Os corações são pestilentos
Cheios de sujeiras
Que os conduz.
Enforcam-se nas ilusões presentes
Viram-se do avesso pelo ar
A pressa da liberdade
Não vai dar o ar de sua graça
Há uma infinita obscuridade plantada
Naquele imenso lugar.
Estão lá por quê?
Porque querem!
Sim, exatamente nessa linha.
Têm medo de descobrir que a luz é boa
Eles têm medo dos bem-aventurados.
E isso é o que os faz se sentirem confinados.
No árduo incolor da negritude
Não gostam de espíritos bem-intencionados!
Morrem todos os dias
E ainda têm um tédio medo de morrer
Mas são tão feios quanto gostam de ser!
Tal qual suas faces deformadas.
Monstros de cicatrizes internas
Com feridas incuráveis
e abandonadas.
E quando vier a luz
Eles estranharão.