DESSE  SILÊNCIO (*)
                  
 
Desse silêncio nasceu essa flor vazada
na cor da tua alma,
onde pousou o pássaro selvagem
em migração, emplumado de céu
buscando atravessar as nebulosas
de tua consciência.

Se perfumas os caminhos,
quando choram as roupas sobre a pele
e nos teus olhos repousam as solidões das eras,
é porque a esperança e a saudade
em ti construíram seu templo
onde a vida ainda respira
apesar de todos os pós
precipitados sobre o teu rosto.
 
Ainda refloresço-me a cada dia
nos vales claros dos teus olhos.



(Direitos autorais reservados).
Imagem: Super beuatiful photos (fb)


(*) republicação
 
 
 

 
Lúcia Constantino
Enviado por Lúcia Constantino em 16/01/2014
Reeditado em 17/01/2014
Código do texto: T4652454
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