O AMOR – ( II ) 

 
É na noite, no silêncio,
aquele que habita a vida,
irradiando-se em esperança,
em aconchego e guarida.
 
O que acende o archote
nas noites de trevas imensas.
E ilumina sul e norte
como milhões de estrelas.
 
Os pés não cansam nas estradas,
o corpo não cede ao repouso.
É o cajado que a alma precisa
para pisar no lodo.
 
É o que o dia traz em seu berço
de belo, de doce e de amargo.
O sabor que a própria vida
confere aos lábios.
 
A cidadela que abriga
guerreiros sem pátria, sem retorno.
É a cama mais amiga
dos que perderam o sono.
 
É o todo, o fim e o princípio
no crente e no descrente.
Única estrada infinita
que o homem tem pela frente.



(Direitos autorais reservados).
Imagem: Super beautiful photos (fb)

 
 

 
Lúcia Constantino
Enviado por Lúcia Constantino em 13/01/2014
Reeditado em 13/01/2014
Código do texto: T4648162
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