SIBILANTE SILÊNCIO
Inebriantemente invade-me
Despetalando minhas noites
Para assim remodelar meu dia
Lobrigo em ti então meu êxtase
No limiar de teu esfuziante ser
Eu então absorto absorvo-lhe
Imerso emergindo de teu ser
Em tua insofismável introspecção
Penetro então teus interstícios
Trilho toda minha suscetibilidade
Na azáfama de meu dia-a-dia
Assaz pronto para entregar-se-lhe
De corpo e alma intimoratamente
Enfrentando lancinante saudade
Na verve desse sibilante silêncio
Entendendo o que não me diz
Ligado ao teu opíparo universo
Onde desconstruo minhas incertezas
No alicerce de tua incandescência
Para nutrir-me de tua feminina seiva
E regá-la com meu másculo orvalho
Metamorfoseando-nos em um único ser
Não cabendo-nos em nós de tantos famintos desejos
Mesmo quando soltos em nossas individuais imensidões
Orbito continuamente todo o teu voluptuoso espaço
Transformando-a em meu grandíloquo e transcendente sol
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