SIBILANTE SILÊNCIO

Inebriantemente invade-me

Despetalando minhas noites

Para assim remodelar meu dia

Lobrigo em ti então meu êxtase

No limiar de teu esfuziante ser

Eu então absorto absorvo-lhe

Imerso emergindo de teu ser

Em tua insofismável introspecção

Penetro então teus interstícios

Trilho toda minha suscetibilidade

Na azáfama de meu dia-a-dia

Assaz pronto para entregar-se-lhe

De corpo e alma intimoratamente

Enfrentando lancinante saudade

Na verve desse sibilante silêncio

Entendendo o que não me diz

Ligado ao teu opíparo universo

Onde desconstruo minhas incertezas

No alicerce de tua incandescência

Para nutrir-me de tua feminina seiva

E regá-la com meu másculo orvalho

Metamorfoseando-nos em um único ser

Não cabendo-nos em nós de tantos famintos desejos

Mesmo quando soltos em nossas individuais imensidões

Orbito continuamente todo o teu voluptuoso espaço

Transformando-a em meu grandíloquo e transcendente sol

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Leilson Leão
Enviado por Leilson Leão em 03/01/2014
Código do texto: T4635067
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