Xícara Fumegante
Fui impregnando minha xícara
De chá
Com os músculos do mate
Com as artérias do quentão
Fui colocando nela o hálito
Das madrugadas poéticas
E colocando nos seus pensamentos
Minhas duvidas metódicas
Minhas metafísicas
Meus sentimentos
Enquanto fumegava em minhas
mãos
Uma dose de estrelas parnasianas
Um gole de luar com o olhar
Os lábios nos beijos da hortelã
Acordes de um violão
Um gole quente na língua
Impronunciável
Agradável aroma entre as narinas
Um poema haicai
Uns versos entre os dentes
Impregnei minha xícara
De chá
Com aromas de jasmim
Canela capim santo
Ipê-roxo
Tantas flores assim
Hálitos de beija – flores
Alcalóides proibidos
Perfumes de alecrim
Cogumelos prismáticos
Enigmáticos pensamentos
Dizem que quando morri
Ela morreu de saudades
Por mim
E parou de fumegar...
E ficou num silencio Zen
Ensurdecedor
Luiz Alfredo - poeta
Fui impregnando minha xícara
De chá
Com os músculos do mate
Com as artérias do quentão
Fui colocando nela o hálito
Das madrugadas poéticas
E colocando nos seus pensamentos
Minhas duvidas metódicas
Minhas metafísicas
Meus sentimentos
Enquanto fumegava em minhas
mãos
Uma dose de estrelas parnasianas
Um gole de luar com o olhar
Os lábios nos beijos da hortelã
Acordes de um violão
Um gole quente na língua
Impronunciável
Agradável aroma entre as narinas
Um poema haicai
Uns versos entre os dentes
Impregnei minha xícara
De chá
Com aromas de jasmim
Canela capim santo
Ipê-roxo
Tantas flores assim
Hálitos de beija – flores
Alcalóides proibidos
Perfumes de alecrim
Cogumelos prismáticos
Enigmáticos pensamentos
Dizem que quando morri
Ela morreu de saudades
Por mim
E parou de fumegar...
E ficou num silencio Zen
Ensurdecedor
Luiz Alfredo - poeta