Escrever é a mais doce cura da loucura...
Me entorpeço nas palavras do teu tejo
No pejo de sentir cada uma delas,
Num beijo bordado a fios de ouro
Que nunca foi dado...
No sagrado devaneio me entrego...
Nas partículas do ar que respiro...
Sem trilho, sem prumo, sem rumo,
Na orfandade da cidadela de meus olhos
Que veste-me com tuas palavras
Não escritas ou faladas...
Parte de mim que ir,
Outra metade quer ficar
Na contida razão,
No transbordar da emoção
Do sentir n'alma o desejo
De escrever um corpo-poema...
Diagramado pela vertente
Das veias cardíacas
Que inundam pensamentos
E a mente distribui
Sílabas diáfanas
Palavras que não descritas
Que nela habitam...
Vivificadas nas reticências
Incontidas na decência de uma vida
Que dissipam somente palavras
Embriagadas pela sede
De um beber literário...
E na fome degustada e não saciada
Escarpadas no rochedo do meu ser
Sem versos sou um deserto de sal...
Pura necessidade de ler e deliciar
O melhor dos versos
Simplesmente tudo...
Escrever é pegar o sol com a mão
E fazer transbordar a emoção
Contida no coração.

 
Ray Nascimento
Enviado por Ray Nascimento em 10/12/2013
Reeditado em 10/12/2013
Código do texto: T4606547
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