Deixa Então o Coração Fluir

Somos rios, que correm pela madrugada

entrando devagar, pela escuridão.

Devagar, fluem para longe da terra,

enquanto as canções se silenciam,

e onde o orvalho, a cair, se inicia.

Na superfície, há a noite enluarada,

e as estrelas, agora neste momento.

Mas nas profundezas, que sentimento

se esconde em toda essa imensidão?

Levam os sonhos e velhos segredos;

levam as feridas de almas cansadas,

e as dores, de todos os nossos medos.

Levando, pelas pedras, flores e folhas,

aos mares, onde se encontram memórias.

Somos almas que se movem na história,

ora a chorar, ora então a sorrir.

Entre as águas se espelham essas nossas

escolhas;

Deixa, então, o coração fluir!