Sussurros do Eu
Toco esse centro
humano, imenso...
Alço esse vôo,
sangue sem pousada.
O lenho volve...
Me pergunto
estrelas cadentes
são sementes
ou fim de jornada?
Para onde vamos
quando
em abandono à terra,
às estrelas,
à guerra de viver?
Ouço-me,
sinto-me...
sempre em epifania,
querendo renascer.
Um assombro frenético,
interior,
hermético...
Sede de infinito e azul.
Confunda-me, inunda-me!
Atinge-me, ó Luz!
(Direitos autorais reservados - Lei 9.610 de 19.02.98)