Entre o real e o etéreo
Foi como tocar a face do próprio sol.
A energia aproximou-se de minha pele.
Os sentidos estavam dissipados, entre o real e o etéreo.
E o corpo, estava presente em tudo e em nada.
E as energia se tocaram, e se misturaram com o universo.
Uma chama acesa se espalhou tomando o espaço.
Nas mãos sentia o calor de toda uma dimensão.
E em meus olhos, a luz se fez distinta.
Toda imensidão do universo cabia na palma das minhas mãos.
Toda a luz cabia em meus olhos.
Tanto, que meu corpo, não coube mais em mim.
Dissipou-s em infinitos pedaços, e tomou-se do todo.
E eu não era mais uma menina,
Também não era uma mulher.
Porque me tornei o tudo e me contentei de ser nada.
Nos olhos flamejantes, eu sentia amor.
Uma chama acesa se espalhou tomando o espaço.
E mudou o meu percurso.
Da minha boca, ecoaram vozes
E em meio a uma multidão, meu canto se fez presente.
Radiante sorriso, conduzindo-me a bailar.
Eu já não era mais a mesma, a leveza de mim se apossou.
E a energia se tornou mais forte.
E meu corpo se dissipou.
Karen Triacca