FLORESÇO
Sigo a seta que acerta o alvo no escuro
e nem mira , tão clara é a sua alma
e admirando o riso que nasce fácil, alvo e puro
de quem vai à guerra desarmada,
tão senhora de si, emudeço...
Teço um verso do avesso...
Lavando as vestes da alma num azul, profundo e manso
bebo da calma que, gentilmente, me oferece
e que tanto preciso... e que, penso, mereço
e, descansando na imensidão das marés de mim,
armada com um silêncio breve, floresço...
FLORESÇO - Lena Ferreira – nov.13