A Musa Coprófaga
Na profundeza da presença
encontro-me imerso nas cantilenas de uma
chuva que evapora as ilusões taciturnas
sem os lábios perfurados
sem as asas dos olhos
sem as castanhas lágrimas de perfume
sem a voz abrasadora de um suor.
Amanhã é o minuto que bebíamos
no conforto de um altar colossal
nas obsessões de um beijo alucinante
e perfura o coração para entregar
o crepúsculo que guarda os timbres
dos cabelos charmosos. O azul pensou o
céu desejante e fita a flor linda de
Elíseo à frente de uma distância em erupção.
Ah, Medusa das lembranças!
A imediata melodia celebra a tempestade
nas palpitações ligeiras daquele coração
mortuário, devastado de copo branco mar.
julho de 2013