TEMPO
Tempo insano, inadequado, que leva minha juventude e o meu olfato.
Odeio-o por sua insistência em me roubar todo o aparato.
Às vezes o vejo escondido em algum canto escuro do meu quarto.
Insistente, perspicaz e voraz.
Ali, bem ali, acumulando-se em meu fardo.
Às vezes finjo que não te vejo, outras que não existe do meu lado, contudo, ainda, aparece na imagem do meu retrato.