Um raio Azul

Um raio azul Ilumina poemas

lidos na sala de retratos.

Às margens do meu pranto,

Ouço valsas vienenses,

tangos e fados.

Mergulho a noite

um contracanto.

Agarro-me às horas,

recolho dos quintais

os vestidos mofados.

Mãos agitam lenços, soltam-se

no espaço de poeira, cinza e cal.

Dança o corpo nos lugares

onde revela-se nas sombras

a face da solidão.

Raimundo Lonato
Enviado por Raimundo Lonato em 09/11/2013
Código do texto: T4562965
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