Metamorfo

Na muda, Desnuda... As penas do nefasto corvo.

Da azeitona extraia o suco, Do caduco... Faça algo novo,

Tornar ao ovo? Não é nada disso Nicodemos.

Eis a verdade que liberta,

Mas a visão está parcialmente encoberta,

Como a de um emo,

Trajando Vênus... Sim servido! De Jezabel quis mais um tasco.

Contudo fui surpreendido, a caminho de Damasco...

Quatro dias fazem,

Que os restos mortais jazem... Sob sete palmos de chão.

Arrependimento mata,

Pois então avise a Marta... Que o seu choro foi em vão,

De antemão... Tal sorriso da serpente.

As trevas saboto, Em vosso sei broto... Refletindo o sol nascente.

Metamorfo,

Esquivo-me da morfeia, do mofo... De outrora.

Como Paulos e Rodolfos,

Já que o chão parece menos fofo... Agora.

Ora! Não tornei-me bom mas,

Não me conformo mais, com minhas más... Atitudes.

O que faço é ir atrás, Daquele que trás, tais... Virtudes.

Subi, desci degraus, Já não queria ver-me igual... Eu via.

Girei 180 graus, Preferi o pedregal... Estreita via,

O fato de o senhor mudar-me. É explícito.

Nenhuma condenação agora que não ando segundo a carne. Mas segundo o Espírito.