Inquietação dupla
Essa inquietação que me move e cobra
e a toda hora quer me por à prova,
rasga minha carne, desnuda meu ser,
deixa-o à mostra a seu bel- prazer...
Parece coisa do mal e da danação
Que me invade sorrateira feito provação
Se ao menos fosse algo ao bem querer
Que me trouxesse depois o bem me quer
Em determinado instante infla e explode
em letras, traduzindo o que me provoca.
Vem atiça e cutuca com versos e prosas
Fica aqui por dentro bulindo, feito troça
Essa vontade louca de colher palavras
e em delírio extremo, intercalá-las,
em versos de lirismos e protestos,
versos que dispensam rimas,
mas casualmente, se posicionam
no final da linha.
Querendo namorar e entrelaçar às suas
Em delírios extremos beijar teus lábios
Margear a tua pele sedosa e repousar
Tocar seus cabelos revoltos e soltos
E valsar contigo ao vento...
Traçam o alvorecer da essência
e o crepúsculo de sua origem...
Inquietação nascente dos badalos das horas
que vão e vêm, e na verdade, só vão...
E ao se acercar de ti com toda ciência
Na delicadeza e parcimônia a abrace
Sinta o teu perfume e baile contigo
Atos fluidos e pensamentos voláteis
Marcando um tempo vadio a arder meu peito
que, sem jeito, num ardor profundo,
acalma-se e cala, quando em poesia
tento descrever as aflições do mundo.
E nesse passo toque em acalanto...
Sussurros suaves, breves e longos.
Cessando todo sofrimento e pranto
Pra adormecer no teu majestoso colo.
Carmen Lúcia Carvalho e Hildebrando Menezes
Essa inquietação que me move e cobra
e a toda hora quer me por à prova,
rasga minha carne, desnuda meu ser,
deixa-o à mostra a seu bel- prazer...
Parece coisa do mal e da danação
Que me invade sorrateira feito provação
Se ao menos fosse algo ao bem querer
Que me trouxesse depois o bem me quer
Em determinado instante infla e explode
em letras, traduzindo o que me provoca.
Vem atiça e cutuca com versos e prosas
Fica aqui por dentro bulindo, feito troça
Essa vontade louca de colher palavras
e em delírio extremo, intercalá-las,
em versos de lirismos e protestos,
versos que dispensam rimas,
mas casualmente, se posicionam
no final da linha.
Querendo namorar e entrelaçar às suas
Em delírios extremos beijar teus lábios
Margear a tua pele sedosa e repousar
Tocar seus cabelos revoltos e soltos
E valsar contigo ao vento...
Traçam o alvorecer da essência
e o crepúsculo de sua origem...
Inquietação nascente dos badalos das horas
que vão e vêm, e na verdade, só vão...
E ao se acercar de ti com toda ciência
Na delicadeza e parcimônia a abrace
Sinta o teu perfume e baile contigo
Atos fluidos e pensamentos voláteis
Marcando um tempo vadio a arder meu peito
que, sem jeito, num ardor profundo,
acalma-se e cala, quando em poesia
tento descrever as aflições do mundo.
E nesse passo toque em acalanto...
Sussurros suaves, breves e longos.
Cessando todo sofrimento e pranto
Pra adormecer no teu majestoso colo.
Carmen Lúcia Carvalho e Hildebrando Menezes