Momento certo! Um duo.
Só me pronunciarei no momento exato,
aquele que me trouxer a certeza
de que as incertezas se esvaíram pelas frestas
e as asperezas, num pacto com a fumaça,
perderam toda a força, esvoaçaram sem arestas
e o que prevaleceu não há o que desfaça.
Aí a palavra talvez teça e traga harmonia
Torne o instante do nosso dia melodia
Os pássaros entoem um som encantador
E a dureza da vida esmaeça e desapareça
Tornando nossas horas tenras crianças
Que se balançam e pulem juntas a amarelinha
Só me farei presente ante a resposta convincente
de que o passado realmente passa,
concedendo mudança de estação,
ainda que a resposta de hoje
mude a pergunta do amanhã.
Até porque não há razão viver de lembranças
Algumas tão ardentes e comoventes
Que a toda hora retornam incessantes
Há que perecer e deixar de ser presente
Pra que o amanhã pulse livre e finalmente
Só me mostrarei quando o sonho se tornar real...
Quando puder tocá-lo e não me fizer mal
como tantos outros que não pude viver,
onde a duras penas precisei retroceder...
E perder...
Porque quero ver florescer todos os sentidos
Muito além da criativa e fértil imaginação
Sem as cicatrizes que rasgaram a minha pele
Trazendo-me dor e martírio em meu convívio
Quero o sopro livre do suspiro da brisa quente
Só retornarei quando se abrir a pista
sentindo cores costuradas em minh’ alma
permeada por essências de flores e amores...
onde dores execradas em jazigos, sepultadas,
não mais permitam que eu perca de vista
...a primavera...
Ali trafegarei a nau soberana dos meus dias
No passo firme e resoluto construindo caminhos
Semeando a paz e desfrutando do perfume da terra
Sem a morte rondando seus fantasmas e assombros
Mas trazendo aos meus olhos a essência da vida.
Carmen Lúcia Carvalho e Hildebrando Menezes
Só me pronunciarei no momento exato,
aquele que me trouxer a certeza
de que as incertezas se esvaíram pelas frestas
e as asperezas, num pacto com a fumaça,
perderam toda a força, esvoaçaram sem arestas
e o que prevaleceu não há o que desfaça.
Aí a palavra talvez teça e traga harmonia
Torne o instante do nosso dia melodia
Os pássaros entoem um som encantador
E a dureza da vida esmaeça e desapareça
Tornando nossas horas tenras crianças
Que se balançam e pulem juntas a amarelinha
Só me farei presente ante a resposta convincente
de que o passado realmente passa,
concedendo mudança de estação,
ainda que a resposta de hoje
mude a pergunta do amanhã.
Até porque não há razão viver de lembranças
Algumas tão ardentes e comoventes
Que a toda hora retornam incessantes
Há que perecer e deixar de ser presente
Pra que o amanhã pulse livre e finalmente
Só me mostrarei quando o sonho se tornar real...
Quando puder tocá-lo e não me fizer mal
como tantos outros que não pude viver,
onde a duras penas precisei retroceder...
E perder...
Porque quero ver florescer todos os sentidos
Muito além da criativa e fértil imaginação
Sem as cicatrizes que rasgaram a minha pele
Trazendo-me dor e martírio em meu convívio
Quero o sopro livre do suspiro da brisa quente
Só retornarei quando se abrir a pista
sentindo cores costuradas em minh’ alma
permeada por essências de flores e amores...
onde dores execradas em jazigos, sepultadas,
não mais permitam que eu perca de vista
...a primavera...
Ali trafegarei a nau soberana dos meus dias
No passo firme e resoluto construindo caminhos
Semeando a paz e desfrutando do perfume da terra
Sem a morte rondando seus fantasmas e assombros
Mas trazendo aos meus olhos a essência da vida.
Carmen Lúcia Carvalho e Hildebrando Menezes