Ai de mim meu spin...
Intrínsecas realidades
O olho não percebe,
Como numa quina dobrada
A outra porção desaparece,
O spin com alto volteio reage
Ao espaço-tempo,
A mente dispersa e alienada
Parece que não capta nada.
Como existem outras verdades
Além do palco que acontece,
A peça da vida é ensaiada
Iludida com o que não percebe,
O homem flutua perdido
No virtual aos sentidos
Com a mente limitada
O homem não entende nada.
Nebulosas de gases celestes
Formosuras em cores vitrais,
Atrai os olhos curiosos
De quem procura olhar mais,
Cogita com vênias hereges
Distrai-se nas belezas astrais
Da matéria que o céu risca
Sem saber o que há por trás.
Nas curvas do espaço-tempo
Outra imagem virginal,
Como holograma do spin
Noutra dimensão espacial,
E nem tomando como exemplo
As mentes que ponderam demais,
O homem não está afim
Olha pro lado e enxerga mal.
Um microscópio, um telescópio
Com a maior lente de aumento,
Mas se não há um protótipo
Deixo-me levar com o vento,
Sou um peão de intrínseco evento
No giro elétrico do spin
O não saber é um tormento
Ai de mim meu spin...