Sopa das estrelas
Eu sou um mar químico em propulsão
Sou uma sopa de detritos estelares,
Sou do inicio do cosmo em combustão
Antes do pré-biótico surgido nos mares.
Sou aglomerado da matéria em ebulição
Sou carbono, oxigênio e veias capilares.
Que regam o cérebro, badalo do coração
E penso que me alojo nesses pilares.
Fato é que não existe um único fato
Que chegue a uma lúdica elucidação
Serei o que penso ou pensar é ilusão?
Talvez, quem sabe, apenas um regato
Aglutinada num cosmo em expansão
Feito sopa das estrelas, uma porção.
Claro que sim! Por que não?