TRAMA DO DESTINO
Caminho sobre teu longínquo caminho dialético
E com tua presença arranhando minhas noites
Adentras então minha mente sem pedir licença
Fazendo com que eu sinta os tentáculos da solidão
Preso na redoma da nomenclatura de teus elementos
Na lembrança tua que me acompanha hodiernamente
E teu ígneo olhar transforma meu olhar teu espectador
Arrebatado pelo paradoxo de tua essencialidade abstrata
Reciprocamente oscilante em nossa interseção maniqueísta
Precipuamente implícito na sinestesia de inexaurível desejo
E meu encanto desintegra-se ante teu olhar soturnamente
Aclarando minha pequenez ante tua delirante fortaleza
Intrínseca e extrinsecamente presa aos meus sonhos de ti
Quando um pensamento torna-se um pegureiro de si mesmo
Tentando desobstruir a obliteração de todos os teus espaços
Livrando-me do flagelo de tudo o que me seja improfícuo
Pela catarse de todos os meus oscilantes e emblemáticos erros
Continuam incólumes meus sentimentos desejos e vontades de ti
Mesmo que o tempo lance em mim sementes de solidão
Sobrevivo ao vazio e a imprevisível trama do lacônico destino
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