ECOS

São singelas as aquarelas

Que dentro de mim aportam

Como cinzelas nas capelas

Onde os anjos me reportam...

São asas que sobrevoam

Como bravas sentinelas

Quão às travas das tramelas

Que se dobram nas fivelas...

São fronteiras paralelas

Como o vento e a garoa

Tais quais cenas de novelas

Onde as cores se entoam...

Alterques que não se atrelam

Meramente à toa...

Nem os sons que se revelam

Simplesmente soam...

Nas arestas da tabela

Não há palco nem passarela

Nem alamedas nas favelas

Só há becos e vielas...

Nessa canoa não há proa

Nem madeira de cancela

Só o som que em mim ecoa

E brandamente me modela!

Autor: Valter Pio dos Santos

Set-2013

Valtin Kbça Dipoeta
Enviado por Valtin Kbça Dipoeta em 01/10/2013
Reeditado em 01/10/2016
Código do texto: T4506922
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2013. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.