DÉJA-VU

Num largo espaço de tempo

o destino premeditou uma encruzilhada

olhar que corta o vento

profético sonho de faca encravada

no meu peito, sem alento.

a mesma pintura escura frente entrada,

era eu! pairado contemplando tua beleza atento

abre-se o peito que outrora costurada

cicatrizava sem unguento

como as palavras em magoas flechadas

que pontava dia e noite, aqui dentro

do onírico desejo a boca calada

que gritara dor do eterno momento

passou rápido, raio, luz, minha alvorada

anoiteceu num estante o algoz tempo

envelhecera tua alma apavorada;

se foi voodoo... deja-vu, acalento?

a espera certa da cena tomada

não havia ninguem, pra dizer o tempo

ou quantidade certa da hora marcada

a verdade. é que tudo parou naquele momento.

Cristiano Leandro
Enviado por Cristiano Leandro em 30/09/2013
Reeditado em 30/09/2013
Código do texto: T4505081
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