COSMOSER
Entre um eu
incerto, desconhecido, misterioso
Existe um outro
que nem eu mesmo sei quem é
Porém, também ele sente
e dorme e sonha
Ama tão vivamente
que ama só por viver
Ama sem saber por quê ama
Ama, é só o que sabe
Nas manhãs espera o sol
como quem espera o filho
Ouve os pássaros
como quem ouve juras de amor
Sou assim
eu e minhas sensações
Somos seres/átomos
e desse universo somos ele/nós
Entre um eu
incerto, desconhecido, misterioso
Existe um outro
que nasce e morre todo dia
Como uma Fênix,
das cinzas do passado,
volta ao resente
E caminha
sob o sol, a chuva, a noite
E caminha