EXPIAÇÃO

Sinos dobram tristonhos

Aperta no peito a saudade

Dia de finados sonhos

A noite engolindo a tarde

Percebe fantasmas na noite

A alma fria que chora

Sente na pele açoite

Chicote da solidão que devora

Lágrimas de amargo sabor

Regam o canto da boca

Ríctus de tanta dor

Que torna a mente louca

Por fim o escuro se esvai

Lenta noite de agonia

A alma silencia o ai

Na tristeza do novo dia.