ALUCINAÇÃO E MORTE
Do ubíquo leque de oferendas perjuradas outrora,
alucina o derradeiro silêncio,
sob vestígios dos arrebóis
onde abarcamos anseios incautos,
em melodias e versos ávidos
com que nos ensismesmamos cândidos,
a cozer sonhos com inexequíveis dormências.
Sob as salivas de nossas carnes apócrifas,
a face resplandecia, às máscaras negadas,
em quimeras ubíquas às quais nos intentamos
com trajes de chuvas a vazarem torpores
em laços de severos açoites.
Agora meus passos não são mais nuvem,
porque ontem nos perjuramos,
hoje somos anversos,
e o amanhã não mais nos existe.
Péricles Alves de Oliveira