...__Doces Intempéries...__
A invernia por aqui toma conta
Deste rapsodo oriundo do nada
Uma nuvem oblíqua flutua contra
Despencando a tormenta azáfama
O azul d´oceano reflete aos corais
Qu´em cores estonteantes me tomam
Uma nau então aporta ao esquecido cais
E os gumes dos rochedos cá devoram
Um plenilúnio se firma à negridão
Adornado ao argenticérulo voraz
E o tom crepuscular da imensidão
Provoca as tempestades surreais
Mi´alma então ao nada se revolta
Retornando das profundezas de meu ser
Os espinhos daquela rosa cá perfuram
O cardíaco a delatar o meu sofrer
Uma onda de intempéries m´esvazia
Adornando com palavras donairosas
E um sentimento de total hierarquia
Me toma, contra as forças cá trevosas