OLHOS DA NOITE
Enquanto repousa
O sereno mundo
Neutro aos olhares...
Olhos sem cores
Embaçam suas dores
Na dor de outros olhos...
São olhares de açoite
De ares profundos
Aos olhos do mundo...
Como uma pétala fana
Crua, nua e sem cor,
No ímpio do infecundo...
Na mira dos dispares
Oriundos olhares
Que traçam temores...
São negros e sombrios
Os olhares que miram
Sob os olhos da noite!
Autor: Valter Pio dos Santos
Set-2013