Balada para um anjo

Há todo um mundo que corre

como delírio nas veias.

Em ti as auroras não morrem,

e o tempo é só um rastro na areia...

Há um cântaro sagrado,

água pura se espargindo

sobre os respiros dos campos,

sobre o rosto do trigo.

Minhas árvores ninam nas trevas

em seus doces ramos berçários

essas melodias de primavera

que me chegam do teu santuário.

Há, também, em mim,

um estranho país

que minha íris me revela

talvez um pranto de lua

que se aconchega nas águas

das tuas serenas estrelas....

(Direitos autorais reservados).

Lúcia Constantino
Enviado por Lúcia Constantino em 11/04/2007
Reeditado em 03/06/2011
Código do texto: T446069
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