Árvore de paz

Ontem semeamos dois dias de paz.

Plantar sementes de nuvens para colher

O que da paz far-se-á nascer?

será algo de se apetecer

ou será força, pra não se seduzir?

brotará melodia clara e singela

ou harmonia ampla e completa?

há de vir traços firmes de rápidos movimentos...!

ou talvez... arcos-íris espiralados de sentimentos?

Paixão ou sina? Será dela uma rima?

*

Então nasce.

Linda como o entardecer...

Forte como o amor

Pura ligação entre Céu e a Terra..!

Cresce como planta.

E mesmo que pequena

já se sabe o que será dela

-“será árvore”- diz alguém-

“A nossa árvore.”

*

Torna-se árvore vivida, alta,

confidente de namoros

companheira de histórias

“pique” de esconde-esconde.

Até começar seu florescer

Ah... o seu florescer...

Faz-se pintura preferida dos artistas.

Inspiração certa aos poetas

distribui sorrisos aos tristes

induz aos perdidos, um caminho

E aos caminhantes, é marco de percurso:

Sempre lhe retribuíam com um abraço

*

Chamam-na de “arvore da paz”

e sua copa não carece de luz

pois é de luz suas folhas

...e no natal é atração de plateia

dessas que apreciam com silencio;

No natal amadurecem os frutos luminosos

Que se comidos curam os sonhos doentes.

Crianças brincam de voar montados neles

Porque esses frutos não caem:

“eles elevam-se ao céus”- diz zarathustra-

“para que germinem constelações.”

FlávioDonasci
Enviado por FlávioDonasci em 29/08/2013
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