LUNAR
LUNAR
Joyce Sameitat
Passos de musgo meus pés acompanham;
Dentro da floresta em solidão encerrada...
Enquanto dos ventos as árvores apanham;
Raios de sol beijam-me a face iluminada...
Neste mundo misterioso e inquieto;
Que me circunda em sonhos místicos;
Ornado de faias, chorões e abetos;
Sinto meu ser mudo e ritualístico...
Não sei se sonho ou estou acordada;
Mas quero beber a neblina que vejo...
Olhando lá em cima a lua aureolada;
Sondando meu coração e seus desejos...
E como se eu fosse grande parte dela;
Levito em sua direção bem suavemente...
Enquanto que meu ser agora só anela;
Captar o que a própria lua deveras sente...
E ela é crescente em mim!
Com o meu amor fica cheia...
Míngua quando não me vê enfim;
Sumindo porquê me anseia...