O Amor do Eu
I
O que estou fazendo
Neste caminho frio e solitário?
O sonho mais gelado fica
A cada passo dado
Enquanto a solidão aumenta
E pesa no meu coração
Eu me pergunto
Minha inocência morreu sem reação?
Me transformei eu em poetiso
Híbrido de amor e ódio
Com uma flor numa mão
E noutra, um martelo vitório?
Nem vivo nem morto
Eu sou o quebrado inquebrável
O aço frio do perdão
O quente abraço do aborto
---------------------------------------------------------------------
II
A última corda se rompeu...
Não preciso mais
Pedir desculpas por existir
E a canção do mundo
Deixar de ouvir
Meu amor queimará o mundo
E lá, acima de suas ruínas
Hei de erguer um lindo jardim
Com rosas, lírios, violetas e orquídeas
Entoarei notas coloridas
E com elas machurarei seus ouvidos
Farei-os se amarem e odiarem
Farei-os chorarem, rirem e sangrarem
E meu rugido será ouvido, e meu amor será sentido!
CUIDADO, MUNDO!
EU ESTOU CHEGANDO!