Sacudindo a poeira da consciência
Não jogue poeira na minha consciência
Não ponha pontas nas pedras do caminho
Me bastam o escuro no próximo segundo
...
O tempo é vento que flui sem curvas
O passo do homem é lento e não cumpre todo o percurso
Por isso me aquieto diante do infinito
...
Eu piso em pedras
Nos cacos todos
Nos espinhos
Desde que cai do ninho
Todo o tempo me machuco
Um pouco
E muito perigo corro, todo minuto,
Ao vivo
...
Todo passo é perigo
Um risco
Um salto do alto do monte sem redes e aparas
Minha cara é meu resumo
mais um infinito secreto que cultuo
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Desato pontas e nós
Os laços todos no pescoço
Sozinho no deserto procuro a cura para o mal
Para sobreviver
Dissolvo meu ego
Como se fosse sonrisal
Eu sou meu bem, meu mal.
...
Necessário
Escarro a fuligem do dia
Gasolina,veneno no ar, e vivo como posso
Tusso, tropeço e só depois respiro
...
Não sigo seta
Conselho, esquema, novela
Contrario
A vida não é um game
Simulacro perfeito
É um enredo onde invento as saídas
Mas as armadilhas já vêm prontas
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Palavras são novelos
Que a mente desembaraça
Com elas invento a coragem
...
Passos são estímulos
Negação da preguiça
Com eles faço a minha história
Pulando abismos