MEU NASCIMENTO, MINHA MORTE
Ainda respiro o ar dessa atmosfera hostil,
meus desejos famintos correm a mil,
estou mergulhado num ambiente vil,
esse mundo é um covil,
tudo acentua-se,
a emoção, perde-se no til,
matei o meu sonho, quando aqui cheguei,
tornei-me estéril,
nessas águas naufraguei,
meus sonhos, caíram em campos não fértil,
é só magoa e ódio,
ambição corre, em busca do pódio,
é só bactéria que produz o ar,
é muito plasmódio,
aprendei a ser monstro,
usando máscara da falsa realidade,
moldei o meu rosto,
em busca da meia verdade!
a isso eu não chamo nascimento!!
isso sim é uma morte!?
mas ainda existe esperança...!
os ventos anunciam a sorte,
é chegada a hora da morte,
ai sim, talvez eu nasça,
e esqueça,
desse mundo cruel,
onde beijei doce, mas tudo sabia a fel,
onde só vi ganância nos olhos,
uma fé morta, e as oportunidades em molhos,
mas ainda existe algo que se possa esperar!
talvez sim, talvez não!?
mas ainda existem mil razões,
para se continuar...!
meu nascimento e minha morte!
24/07/2013