Como uma águia – Um duo
Dou-me a uma pausa.
A canção já não consegue encantar.
A música destoa na pauta.
É preciso parar e refletir,
repensar para seguir.
Nesse estado de hibernação
Avalio melhor meu percurso
Há que se compor em novo diapasão
Os novos planos e suas execuções
Não se pode negligenciar a carta de navegação
As palavras já não fluem certas.
Quebram-se, desconexas.
A razão se mostra emocional,
a beleza se funde com o trivial.
Vou buscar harmonia e sonoridade
O sentido pragmático da garimpagem
A lapidação do verbo e suas embreagens
A valorizar a bela e necessária estética.
Os passos se confundem na trilha incerta
que já não comporta meus sonhos parcos,
despojos guardados num barco prestes a naufragar...
O saber me neutraliza. A ignorância é concisa.
Tenho na bagagem a experiência
Dos bons e maus momentos
E desse arcabouço a essência
Do que é possível re-sonhar e possibilitar
Permite-me repousar.
Pequenas mortes fazem-me recuar
e poetizar tristezas
choradas em meu acervo sentimental.
É na medida da inércia
No estado de letargia
Que se renovam as forças
E afere-se melhor as potencialidades
Meu voo é rasante, aquém do normal.
A vida não pode parar.
Feito águia, recolho-me ao ninho.
Entro em processo de renovação.
Sei que os horizontes me esperam
Hei de quebrar meu bico na rocha
Para renascido da dor e das cinzas
Levitar e ascender aos céus
Desfaço-me das penas, dilaceração,
fardo pesado de lamentação,
das garras que se me fixam
detendo-me no mesmo lugar.
Nesse processo sofrido e necessário
Calculo melhor meus projetos de pouso
Mensurando as múltiplas fases do rosário
E dessas contas difíceis do calvário
Esqueço o tempo, persevero e espero
o momento certo de continuar
e pra bem alto, voar.
Carmen Lúcia Carvalho e Hildebrando Menezes
Dou-me a uma pausa.
A canção já não consegue encantar.
A música destoa na pauta.
É preciso parar e refletir,
repensar para seguir.
Nesse estado de hibernação
Avalio melhor meu percurso
Há que se compor em novo diapasão
Os novos planos e suas execuções
Não se pode negligenciar a carta de navegação
As palavras já não fluem certas.
Quebram-se, desconexas.
A razão se mostra emocional,
a beleza se funde com o trivial.
Vou buscar harmonia e sonoridade
O sentido pragmático da garimpagem
A lapidação do verbo e suas embreagens
A valorizar a bela e necessária estética.
Os passos se confundem na trilha incerta
que já não comporta meus sonhos parcos,
despojos guardados num barco prestes a naufragar...
O saber me neutraliza. A ignorância é concisa.
Tenho na bagagem a experiência
Dos bons e maus momentos
E desse arcabouço a essência
Do que é possível re-sonhar e possibilitar
Permite-me repousar.
Pequenas mortes fazem-me recuar
e poetizar tristezas
choradas em meu acervo sentimental.
É na medida da inércia
No estado de letargia
Que se renovam as forças
E afere-se melhor as potencialidades
Meu voo é rasante, aquém do normal.
A vida não pode parar.
Feito águia, recolho-me ao ninho.
Entro em processo de renovação.
Sei que os horizontes me esperam
Hei de quebrar meu bico na rocha
Para renascido da dor e das cinzas
Levitar e ascender aos céus
Desfaço-me das penas, dilaceração,
fardo pesado de lamentação,
das garras que se me fixam
detendo-me no mesmo lugar.
Nesse processo sofrido e necessário
Calculo melhor meus projetos de pouso
Mensurando as múltiplas fases do rosário
E dessas contas difíceis do calvário
Esqueço o tempo, persevero e espero
o momento certo de continuar
e pra bem alto, voar.
Carmen Lúcia Carvalho e Hildebrando Menezes