VERSATILIDADE

Canta mantras tibetanos

sentado em posição de lótus

no tapete vermelho...

Sonha palácios

de Lhasa, a morada dos deuses,

sentindo-se escorado

pelo circulo mandala.

É um dia assim e no seguinte,

o poeta das estrelas,

flutuando constelações lilases

numa calma de anjo,

entregue a blues antiquados...

De repente, o efeito do vinho

e extravasa,

lembranças de musas

e delicias,

incorporando o deus Baco.

Já no outro dia,

chega embriagado de cachaça

cantarolando românticos pagodes...

É então, um garoto baterista,

meio umbandista,

liberando a magia

do ser comum.

Ah! Ele renasce outra alma

na mesma pessoa,

todos os dias!