BRUXARIAS
Fui longe buscar nos vales e sítios
Flores que enaltecem tão belo esplendor
Das rosas vermelhas de intenso amor
Ao fraterno imutável dos belos lírios
Presentear-lhe é necessário, aguça-me o prazer
Satisfazer o que deveras sente rebelar da loucura
Quando lhe amo explicitamente, exala-se ternura
Preencher-te por inteiro excluindo o sofrer
Incompreendido nas vontades de sua presença
Sentir o despertar da aurora, jovialidade do ser
Das vindouras fábulas, o princípio de lhe conhecer
O que no pensamento declaro a esperança
Quero bradar meus gritos a todo meio
Que és tu o deleite do mundo,
E ter como certo, singelo e profundo.
A graça desse prazer residindo no teu seio
Quero tocar-lhe o corpo desnudo em noites escuras
Subliminar dos pudores que cerceiam a esperança
Do pensamento perseguido que a noite alcança
O dedilhar encantado de minhas loucuras
Apetece-me sagrado, preciso de colo
Não de colo querido que físico esclarecido
Mas do colo descanso, um errante sossego,
Que venha desvanecer as labaredas desse tártaro
Queimem se no ser a inquietação do meu peito
Desejar-lhe intenso, profundo o quebrantar de rochas
Do coito, forte insano as clamas de tochas
Dos tambores que habitam aquilo que creio
Eu giro a roda a bailar e sou alto em voar
Unam-se as pessoas além do que se tem
A sorte é inimiga dos que não lhe convém
Esqueça tudo a sua volta, e se ponha cantar
Ao lado dessa chama que incendeia, dentro pra fora, bruxarias;
Acalme o que estou contido no reencontro deste elo
Nas dualidades do complexo, construir um mundo paralelo
Onde eu seja de fato, tudo aquilo que ainda espera, ou amarias
Eu tenho uma missão, no caos de sentimentos instáveis
Nesse mundo em que ninguém acredita em nada
Ainda, eloquente acredito em fada
Felizes reencontros inexplicáveis.
Eu lhe conheci antes mesmo de lhe ter,
E muito antes, na utopia de murmúrios, desejei você
Nasci de mim mesmo ao fecundar-te
Pairar em teu corpo, e ser no coração, o meu viver.
Imagem: Francisco José de Goya y Lucientes (1746-1828) - 'witches'- óleo sobre tela-1789 Madrid-Museo Lazzaro Galdiano
Fui longe buscar nos vales e sítios
Flores que enaltecem tão belo esplendor
Das rosas vermelhas de intenso amor
Ao fraterno imutável dos belos lírios
Presentear-lhe é necessário, aguça-me o prazer
Satisfazer o que deveras sente rebelar da loucura
Quando lhe amo explicitamente, exala-se ternura
Preencher-te por inteiro excluindo o sofrer
Incompreendido nas vontades de sua presença
Sentir o despertar da aurora, jovialidade do ser
Das vindouras fábulas, o princípio de lhe conhecer
O que no pensamento declaro a esperança
Quero bradar meus gritos a todo meio
Que és tu o deleite do mundo,
E ter como certo, singelo e profundo.
A graça desse prazer residindo no teu seio
Quero tocar-lhe o corpo desnudo em noites escuras
Subliminar dos pudores que cerceiam a esperança
Do pensamento perseguido que a noite alcança
O dedilhar encantado de minhas loucuras
Apetece-me sagrado, preciso de colo
Não de colo querido que físico esclarecido
Mas do colo descanso, um errante sossego,
Que venha desvanecer as labaredas desse tártaro
Queimem se no ser a inquietação do meu peito
Desejar-lhe intenso, profundo o quebrantar de rochas
Do coito, forte insano as clamas de tochas
Dos tambores que habitam aquilo que creio
Eu giro a roda a bailar e sou alto em voar
Unam-se as pessoas além do que se tem
A sorte é inimiga dos que não lhe convém
Esqueça tudo a sua volta, e se ponha cantar
Ao lado dessa chama que incendeia, dentro pra fora, bruxarias;
Acalme o que estou contido no reencontro deste elo
Nas dualidades do complexo, construir um mundo paralelo
Onde eu seja de fato, tudo aquilo que ainda espera, ou amarias
Eu tenho uma missão, no caos de sentimentos instáveis
Nesse mundo em que ninguém acredita em nada
Ainda, eloquente acredito em fada
Felizes reencontros inexplicáveis.
Eu lhe conheci antes mesmo de lhe ter,
E muito antes, na utopia de murmúrios, desejei você
Nasci de mim mesmo ao fecundar-te
Pairar em teu corpo, e ser no coração, o meu viver.
Imagem: Francisco José de Goya y Lucientes (1746-1828) - 'witches'- óleo sobre tela-1789 Madrid-Museo Lazzaro Galdiano